Na faixa etária pediátrica a perda óssea está associada a doenças/condições (incluindo causas genéticas) ou medicamentos associados à baixa massa óssea. Nessas ocasiões, a densitometria é útil para investigação, diagnóstico, acompanhamento e avaliação de resposta ao tratamento em crianças com baixa massa óssea para a idade.    

Nas mulheres a partir da transição menopausal e nos homens com >50 anos usamos o T-score. Já na faixa etária pediátrica, para classificação da densidade mineral óssea, recomenda-se o uso do Z-score (ver figura abaixo). Este índice compara o osso da criança com um banco de dados que contém informações de crianças do mesmo sexo e com a mesma idade. Usa-se a seguinte classificação:

• -Índice Z-score > -2,0 DP = NORMAL
• -Índice Z-score de ≤ -2,0 DP = BAIXA DENSIDADE ÓSSEA PARA IDADE

 

A densitometria óssea pediátrica é feita em regiões do corpo diferentes da do adulto. A presença das cartilagens de crescimento inviabiliza a utilização de fêmur e antebraço nas crianças. Desta forma, na faixa etária pediátrica recomenda-se a realização de exame de coluna e de corpo total (ver figura abaixo), sem a inclusão do crânio (do inglês a sigla “TBLH” – Total Body Less Head), por causa do intenso remodelamento ósseo que também ocorre nesta região.    

 

A densitometria óssea pediátrica pode ser feita em qualquer criança que seja colaborativa e consiga manter o posicionamento do exame por cerca de 10 a 15 minutos. A idade mínima para realização é a partir dos 5 anos. Isto ocorre pois a maioria dos softwares só tem banco de dados para crianças a partir dessa idade.