“A densitometria está para fratura osteoporótica assim como o colesterol ruim está para os eventos cardiovasculares como AVC ou infarto”.
Um paciente com colesterol ruim (LDL) de 70 mg/dl é de baixo risco para infarto, quando consideramos apenas esse exame. Por outro lado, um paciente com LDL de 240 mg/dl é de alto risco para o mesmo problema. Sabe-se também que inúmeros outros fatores podem levar ao infarto (ex. tabagismo, diabetes, histórico familiar, sedentarismo, obesidade), entretanto, o principal fator de risco é o nível de LDL.
De maneira semelhante, apesar de existirem outros fatores de risco para fraturas osteoporóticas (ex. histórico familiar, tabagismo, uso de corticoide), a densidade mineral óssea (DMO ou BMD) medida através da densitometria óssea é o principal deles. De maneira simplificada, pacientes com osteopenia tem risco um pouco aumentado para fraturas e pacientes com osteoporose, um risco bastante aumentado. Este dado, juntamente com outros dados clínicos, são fundamentais para tomada de decisão do médico em qual estratégia utilizará para evitar fraturas osteoporóticas futuras.
Figura: O cruzamento da densidade mineral óssea em g/cm² (DMO ou no inglês BMD) com a idade da(o) paciente gera um índice chamado T-score, o qual comparada a DMO da(o) paciente com um banco de dados de adultos jovens do mesmo sexo. O resultado é dado em desvios padrão (DP) e a classificação é feita da seguinte forma:
- T-score ≥ -1 DP = NORMAL.
- T-score entre -1,0 e -2,5 DP = OSTEOPENIA.
- T-score ≤ -2,5 DP = OSTEOPOROSE.
Neste caso, a(o) paciente encontra-se na faixa verde, compatível com normalidade.
*Fonte: arquivo do próprio autor.