É um exame indolor, rápido (10-15 minutos), feito em aparelho aberto (ver figura abaixo), com baixíssimos níveis de radiação (bem inferior à de uma radiografia simples e equivalente a poucos dias de exposição à radiação ambiental habitual) e sem a necessidade de contraste. Suas utilidades principais são as quantificações das massas muscular (ou magra), gordurosa (ou gorda ou adiposa) e óssea. O aparelho usa a técnica da DEXA (sigla em inglês para Dual Energy X-ray Absorptiometry) em que dois feixes de raio x, com níveis de energia distintos, atravessam o mesmo ponto do corpo e se distribuem de maneira diferentes em tecidos moles (ex. músculo e gordura) e em ossos. Isso permite que sejam quantificados ossos, músculos e gordura.    

1. Avaliação e monitoramento de massa muscular e gordura em:

1. Atletas.
2. Pessoas com sobrepeso ou obesidade.
3. Pessoas com resistência à insulina, diabetes, síndrome metabólica, dislipidemia, hipertensão ou doenças cardiovasculares.
4. Pessoas com anorexia.
5. Pessoas em tratamento de câncer.
6. Pessoas com HIV. 
7. Pacientes com doenças crônicas e que podem cursam com alterações musculares ou do tecido adiposo (ex. DPOC, Doença renal crônica, insuficiência cardíaca, doenças reumatológicas, síndromes de má absorção, doença inflamatória intestinal, etc).
8. Pacientes em uso de corticoides, hormônios sexuais ou hormônio do crescimento.
9. Pacientes em reabilitação motora de doenças neuromusculares.

2. Acompanhamento pré e pós cirurgia bariátrica.
3. Avaliação e acompanhamento de sarcopenia (baixa massa muscular).
4. Avaliação e acompanhamento de lipodistrofia (aumento ou diminuição regional de gordura).
5. Para estratificação do risco cardiovascular, complementando a estratificação clínica habitual.

 

1. Gestantes
2. Peso corporal acima do limite suportável pelo aparelhvaria entre os diversos aparelhos.
3. Ter feito algum exame contrastado nos últimos 7 dias: tomografia, urografia excretora, cintilografia, etc.

   

1. Dados antropométricos: peso, altura e Índice de massa corporal (IMC) ou do inglês Body mass index (BMI) (ver figura – em vermelho).
2. Quantidade em gramas de músculo (magro), gordura (gordo) e osso no corpo inteiro (BMC) (em preto).
3. Quantidade em gramas de músculo, gordura e osso em cada região do corpo (em laranja).
4. Classificação da normalidade ou não do compartimento ósseo, baseado nos índices de T ou Z-score (em azul).
5. Classificação da normalidade ou não do compartimento muscular, baseado nos índices de massa muscular ajustada pela estatura (em verde) e pelo IMC (calculado manualmente).
6. Classificação na normalidade ou não do compartimento de gordura, baseado no índice de gordura corporal (calculado manualmente).
7. Porcentagem de gordura no corpo inteiro e em cada região (em roxo).
8. Porcentagem de gordura nas regiões androide e ginóide e relação androide/ginóide (em rosa).
9. Taxa metabólica basal estimada (em amarelo).

    Fonte das figuras: arquivo do próprio autor.

Apesar da bioimpedância e da avaliação das pregas adiposas serem práticas, úteis e rápidas, possuem acurácia bem inferior a densitometria. Atualmente, a densitometria é considerado o padrão ouro para avaliação da composição corporal.  Outra vantagem da composição corporal por densitometria em relação a bioimpedância, é a possibilidade da quantificação de osso, músculo e gordura por região do corpo, permitindo avaliação específica de membros superiores ou inferiores, tronco e abdome.  A avaliação da gordura abdominal por densitometria também é de grande importância, visto que está relacionada à resistência insulínica, diabetes, síndrome metabólica, dislipidemia, hipertensão arterial e risco aumentado de eventos cardiovasculares.